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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Sintra, Cascais, Óbidos e Porto - o belíssimo interior de Portugal PARTE 1

Pessoal,
Hoje vamos falar um pouco de Sintra e Cascais.
Na nossa segunda visita a Portugal, decidimos conhecer o interior deste pais maravilhoso. Pegamos um carro em Lisboa, que alugamos na AUTO EUROPE. Foi um alugeul barato (cerca de R$90,00 por diária) e eles entregaram o carro na hora marcada, no nosso Hotel! Mais prático, impossível!!
Saímos então em direção à Sintra pela IC19, linda estrada que nos fez percorrer os 28km de distância sem perceber! Facilmente fomos subindo as suas ladeiras e chegamos à Praça da República. O dia estava chuvoso, pois era outubro (outono) e compramos capas de chuva em uma das dezenas de lojinhas que circundam a praça. Deixamos o carro ali (pagando estacionamento, cerca de 2 euros por 2 horas) e saímos à pé para conhecer os arredores. Fomos direto ao Palácio Nacional de Sintra, de onde se tem uma vista maravilhosa da cidade, inclusive das montanhas acima, onde fica o Castelo dos Mouros. Uma visita rápida aos Jardins deste Palácio vale a pena. Na saída pegamos uma espécie de trenzinho que, por 3 euros, nos levou pelas pequenas ruas de paralelepípedos da parte mais antiga de Sintra. Lindo de se ver: as casas coloridas, antigas, com belíssimos jardins... A vista é encantadora! Na volta, paramos para um delicioso lanche na Piriquita, onde se serve os famosos travesseiros (doces típicos portugueses) e maravilhosas queijadinhas. Um chocolate quente nocauteou o frio que Loly estava sentindo e nos deu mais ânimo para ver os castelos - Palácio Nacional da Pena e Castelo dos Mouros.
Subimos de carro para o Palácio Nacional da Pena. Cuidado nesta hora, pois as subidas são íngremes e as ruas MUITO estreitas. A tensão só aumenta se vier algum veículo na contramão, mas dá pra encarar. O estacionamento foi grátis e pagamos cerca de 9 euros pelo passeio, exceto crianças. Loly se encantou com tudo! O castelo fica numa montanha de uns 500m de altura, em meio a uma floresta e a névoa que havia naquele dia fez tudo ficar ainda mais mágico. O castelo é pintado de amarelo e outras cores vivas, seu interior mantido como no tempo dos reis e rainhas, seus móveis e artigos de toalete. Puro luxo, para aquela época! O tamanho das camas e a altura do teto demonstrava inclusive, como eles eram baixinhos há séculos atrás! Foi um lindo passeio, sem dúvida!! Mas o tempo ficou feio e o frio estava de rachar. Devido à forte neblina que se formou, nos aconselharam a evitar o passeio ao Castelo dos Mouros, que foi construído no século VIII, em uma colina, mas que hoje são apenas ruínas, com algumas torres e sua murada, por onde é possível caminhar. Sendo assim, ouvimos o conselho dos mais sábios e voltamos, pois disseram que com aquele tempo chegava a ser perigoso um escorregão naquelas pedras.
Pegamos o carro e descemos para dar uma olhada no Museu do Brinquedo - Seja bem-vindo!, que não agradou muito, pois se trata de uma vasta coleção de brinquedos MUITO VELHOS e que, segundo Loly, dão até medo!!  O Palácio da Regaleira, onde se diz que há uma série de símbolos ligados à Maçonaria, à Alquimia e aos Templários. Quem sabe??
A barriga começava a pedir almoço, então pegamos o carro e voltamos à estrada em direção a Cascais. Havíamos pensado em passar pelo Cabo da Roca, ponto mais Ocidental da Europa, mas com a mudança do tempo e o vento que pegamos em Sintra, nos fez desistir. Diz-se que, mesmo em dias lindos de sol, o vento no Cabo é muitíssimo forte e chega a desequilibrar. Mais uma vez a segurança falou mais alto. E o estômago também. Foi tranquilo percorrer os 16km que nos afastávamos do nosso almoço, digo... de Cascais!
O percurso que queríamos fazer de bicicleta, acabamos fazendo de carro por causa dos ventos fortes. Passamos pela Boca do Inferno e, acreditem, o nome faz jus ao local! Era praticamente impossível olhar o mar e a violência com que as ondas quebravam nos rochedos aterrorizava qualquer um!
Almoçamos bem pertinho dali, no Restaurante Mar do Inferno. O restaurante é lindo e conta com uma maravilhosa gama de frutos do mar frescos e suculentos e alguns pratos de carne. De entradinha comemos um queijinho que lembra a ricota e que é temperado na hora, com pimenta do reino, flor de sal e "aquele" azeite especial, seguidos por maravilhosos bolinhos de peixe. Os pratos principais variaram de filés de bacalhau a carnes vermelhas. Todos muito gostosos e por um preço justo. O restaurante conta com um grande salão fechado e climatizado e uma área externa, que nos dias de calmaria deve ser maravilhosa. Mas neste dia estava especialmente angustiante - risos. Olhávamos de dentro do restaurante e as ondas quebravam contra essa "esplanada" (como eles chamam) com uma forca que fazia a água jorrar a metros e metros acima do próprio restaurante! Lindo e assustador! Loly adorou!
Depois deste delicioso almoço e de um cafezinho para dar energia, saímos em direção a Óbidos, distantes 108km entre si. A viagem foi deliciosamente tranquila, já que tínhamos um bocado de novidades para comentar e grandes momentos para relembrar, deste dia tão cheio de descobertas e novidades. Minha única queixa é que, por se tratar de uma cidade bem pequena, não havia placas na estrada que nos mostrasse que estávamos no caminho certo. Ou seja, estava confiando apenas no GPS e nas cidades maiores que eram citadas nas placas e que, eu havia lido sobre elas no nosso guia de viagem. A única plaquinha indicadora de Óbidos apareceu há uns 10km da entrada da cidade. Mas ai eu já estava tensa, pois estava com minha familia, dirigindo numa auto estrada portuguesa, numa noite chuvosa. Só consegui relaxar quando pegamos uma via marginal e vi ao longe a tão sonhada muralha do Castelo de Óbidos. Ansiosa apenas pela linda cidade medieval que nos esperava... Mas ai será um outro post.
Beijos e espero que aproveitem! Ah! Fotos pelo instagram @malinhacomalca