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domingo, 17 de novembro de 2013

Nem só de Resorts a gente vive! Baixio - uma pérola escondida no Litoral Norte da Bahia

Feriadinho de três dias, pouco dinheiro e muita vontade. Onde poderíamos ir, decidindo viajar há apenas 5 dias e sem reservar nada? Primeiro, teria que ser de carro, segundo teria que ser barato e, terceiro. teria que ser MUITO BOM!
Cai na prospecção e pensei em Baixio, uma das praias da Linha Verde, no nosso Litoral Norte (Bahia)  há 124km do Aeroporto de Salvador, a única praia daqui que ainda não conhecíamos. A internet me ajudou a encontrar onde ficar, o último village do Aldeola do Baixio Pousada ______, que era uma pousada, mas hoje aluga apartamentos para famílias. Peguei!!
Saímos na sexta-feira (feriado) logo cedinho, paramos para algumas compras (belisquetes, bebidas e itens para sobrevivência) em Guarajuba, praticamente metade do caminho.
Durante o trajeto, Loly ficava me perguntando o que iríamos fazer por lá, se tinha arco e flecha, clubinho, toboáguas, animadores... E eu, o tempo todo lembrando a ela que não ficaríamos em um resort, mas em um apartamento, onde teríamos que limpar e cozinhar como na nossa casa, mas que estaríamos em frente ao mar e aproveitaríamos a companhia uns dos outros.
Chegamos na cidadezinha de Baixio, muito tranquila, modesta e com ruas estreitas de barro ou paralelepípedo. Paramos em frente a uma bela praça, com algumas barraquinhas de madeira, que ia dar na praia. Havia uma corrente fechando essa rua e, ao perguntar ao funcionário onde ficava nosso village fomos surpreendidos com a resposta! Nosso village era o último daquela linda rua, na beirinha da praia, mesmo!!
Ao chegar entramos pelo portão e estacionamos o carro. Fomos recebidos por Telma, funcionária da dona dos Villages e ela nos apresentou à nossa casa nos próximos 3 dias. Dois quartos (com ar condicionado) e um WC no andar superior, uma sala, uma cozinha e uma varanda linda, com uma rede que me chamava sempre que eu passava por perto dela, no andar térreo. Não havia televisão, não levei de propósito e nem tampouco havia internet. A área tinha outros 5 villages, uma piscina, um gazebo, um tipo de lobby e uma churrasqueira, que poderiam ser utilizados de acordo com reservas ou acordo com os demais hóspedes. Ah! Levamos nosso pequeno cão Chokito. Sim, além de tudo eles aceitam animais de estimação.
Logo que nos instalamos fomos à praia. Andamos uns 50m até uma das mesas na areia, daquelas barraquinhas que eu falei e que atendem super bem. Comemos lagosta, frango a passarinha e uma moqueca de "lamber os dedos".
O mar não é dos mais calmos... É mar aberto e tem muitas ondas, até porque a maré estava bem alta àquela hora. Por isso, existe uma plataforma com uns 5 salva-vidas, bem equipados e que não tiram o olho do mar e dos banhistas, para uma faixa de uns 100 metros de praia. Adorei. Não vejo isso nem em Salvador!
Depois que o sol ficou mais leve, no final da tarde fomos andando em direção à Barra do Rio Inhambupe, onde pudemos tomar um banho com as águas de mar e rio misturadas, porém tranquilas. Voltamos com o sol já se pondo e a lua cheia, linda, aparecendo sobre o mar. A essa altura, Loly já nem lembrava que existiam resorts e nem muito menos wi-fi.
Fomos em casa, tomamos um banho de piscina noturno, depois banho de chuveiro e voltamos para a beira do mar, em uma das barraquinhas que de dia serve belisquetes e frutos do mar e à noite serve pizza, a Lagoa Azul. Comemos um queijo coalho na chapa e uma pizza, que pode não ter sido (não foi, mesmo!) a melhor que já comemos na vida, mas certamente foi inesquecível pelo local e pela vista: uma lua imensa, gigante e que iluminava o mar com uma cor prateada que jamais vai sair da nossa mente e dos nossos corações. Na volta demos uma volta na praça e fomos pra casa, ler e jogar um pouco antes de dormirmos com o som das ondas nos ninando.
No dia seguinte acordamos cedo e decidimos ir à feira no Conde (há 35 km). Caminhamos um pouco, compramos biscoitinhos de goma, de nata, pimenta e temperos com gosto de casa de Vó e paramos para tomar café da manhã: ensopado de carneiro com um pirão que... meu Deus! Me fez suar de tão forte e tão gostoso!
Voltamos para aproveitar a praia e a piscina. Almoçamos em outra barraca, um peixe vermelho frito delicioso. Ficamos sabendo de alguns passeios que poderíamos fazer: Lagoa Verde, Lagoa da Panela, Mamucabo... Todas elas com jipes ou caminhadas. Ouvi falar que são lindas, mas não fizemos nenhuma além da Barra (caminhando pela praia), pois essa viagem era apenas para descansarmos! À tarde aproveitamos a piscina e no final do dia comemos de novo o queijinho coalho. A lua nasceu ainda mais linda e o céu tinha uma mistura de tons de rosa e azul que nem tenho como descrever. Fomos eu e Loly para a plataforma de observação dos salva-vidas e ficamos de lá de cima, conversando e olhando a lua sobre o mar, pensando em como somos abençoadas por estarmos vendo aquele espetáculo, enquanto o papai babão fotografava tudo da areia.
À noite preparamos uns hamburgueres com requeijão (comprado na feira), mas gostoso do que qualquer fast-food que conhecemos, afinal foi feito por nós! Jogamos mais um pouco: Detetive, Imagem e Ação, Dicas, ABC... e fomos dormir cedo, um soninho gostoso depois de tanto riso e mímicas interessantíssimas...
Mais uma vez acordamos bem cedo para aproveitar o dia e o sol mais saudável do dia. A maré estava mais tranquila e menor e aproveitamos um delicioso banho de mar, sempre sob supervisão dos salva-vidas, um deles, descobri que era nosso garçom da pizzaria. Jornada dupla!!
Preciso falar que há guardas municipais fazendo rondas a todo instante. Preciso também dizer que há um projeto chamado RESORTINHO ESCOLA | Conheça Baixio que prepara a mão de obra local para trabalhar em hotéis e pousadas da região. Fica ao lado de onde nos hospedamos e pude observar algumas coisas bem legais, como shows de capoeiristas e mocinhas aprendendo a servir café da manhã. Achei uma linda proposta, para melhorar as condições de qualidade de vida da população local, fixando-a em sua cidade natal e preparando-as para as demandas de trabalho cada vez mais competitivas.
Saímos pouco antes do meio-dia para evitar o trânsito mais intenso da tarde e para dar tempo de almoçar no Restaurante Sombra da Mangueira, em Diogo (coladinho em Praia do Forte), mas desse ai eu falo em outro post.
Enfim, nem só de Resorts a gente vive. Existem outros lugares, outros ares e outras experiências, que ao contrário do que pode-se pensar, nos aproximou ainda mais. Curtimos muito esse contato puro com a natureza e com nós mesmos. Sem correria, sem tantas programações, sem reservas para o jantar. Apenas nós e as lindas paisagens de Baixio.
FOTOS NO INSTAGRAM @malinhacomalca


Sintra, Cascais, ÓBIDOS E PORTO - O belíssimo interior de Portugal (Parte 2)

Depois de um bom tempo, estou conseguindo escrever agora sobre a nossa chegada em Óbidos. De todas as surpresas que já tivemos em viagens, com certeza Óbidos foi a melhor delas.
A primeira vez que ouvi falar desta vila medieval perdida no tempo foi por um amigo da família, que me falou da incrível sensação de andar por sobre sua muralha. Iniciei então meu processo de "prospecção" e Óbidos virou minha meta!!
Óbidos é uma vilazinha, circundada por uma grande muralha, com 95 casinhas brancas com faixas azuis e flores, em seu interior. Quando foi tomada dos Mouros, ela foi dada de presente de casamento à sra. Izabel de Aragão. Até a história de Óbidos é linda!
Chegamos à noite e fomos fazer o check-in no hotel escolhido. Apesar de ter uma "queda" pela pousada do Castelo (fica em uma das torres da Muralha, ou seja, no Castelo), nos encantamos pela experiência de passar a noite em estilo medieval. Ficamos no Hotel Real D'Óbidos, um hotelzinho muito charmoso, onde a decoração é perfeita e os funcionários se vestem como vassalos, em meio a lareiras, lanças, armaduras, escudos e espadas. Recebemos a chave do quarto e ela media uns 20cm. A cama com dossel me fez imaginar como seria o banheiro... Seria medieval?? RISOS... O banheiro era um dos mais lindos que já vi, moderno e com itens de toucador de altissima qualidade. AMEI!!!
Tomamos um delicioso banho e saimos para iniciar nosso passeio pela Vila. 
Passar pela muralha foi uma viagem no tempo. Era uma noite agradavelmente fria (outubro) e estávamos encantados com tudo. As casinhas brancas, as ruas de pedra, uma música alegre que vinha de algum restaurante e nós perambulando ruas acima e abaixo. Subi a escada e fui até o topo da muralha com Loly. A visão foi deslumbrante e me fez desejar que a manhã seguinte chegasse para que pudéssemos desfrutar daquela vista com o sol! Descemos e fomos jantar. Meu pai descobriu que a música vinha de um restaurantezinho modesto mas aconchegante. Entramos e fomos nos esquentar com umas doses de Ginja, a bebida símbolo de Óbidos. É um licor feito com a fruta Ginja, parente da cereja, que é delicioso e inesquecível! Para jantar comemos queijo Serra da Estrela e calabresa portuguesa assada na mesa!! Sim!! Em uma espécie de travessa, onde se coloca cachaça embaixo, acendemos e assamos a calabresa! Tudo lindo, tudo gostoso e tudo encantador!! Loly amou as novidades...
Dormimos o sono dos justos em camas de um conforto indescritível e no dia seguinte tomamos café em um salão digno de filme. Uma mesa muuuuuito comprida, com vários tipos de pães, geléias, bolos, frutas, biscoitos, queijos, sucos, cafés, chocolate e... CHAMPANHE!! 
Voltamos para explorar a cidade iluminada pelo sol e percorrer a muralha. Subimos por uma das escadas e pudemos contemplar a vista do vale, do aqueduto, das lavouras próximas... Fomos a uma das extremidades, onde há ruinas de torres, onde subimos e tiramos as fotos mais lindas da minha vida. contornamos toda a cidade e descemos pela torre do Castelo (Pousada do Castelo). Passamos pela Igreja de São Pedro e fomos descendo a rua Direita, onde há uma porção de lojinhas onde se compra souvenirs e ginja!! Passamos pelo museu municipal, pelo Pelourinho, Chafariz do Poço... O dia foi passando e já foi nos dando um aperto no peito. Encontramos um dos moradores, um senhor de seus 80 anos, que fez questão de parar e nos cumprimentar, brincou com Loly, nos contou que morava ali desde que nasceu, que mora em uma linda casa em frente de onde estávamos, que adora brasileiros... Teríamos que deixar Óbidos, pois planejamos almoçar em Porto. Mas juro que foi difícil. 
Mais uma vez, as rodovias ajudaram a nem notarmos os 242km que nos separavam do nosso próximo destino. Chegamos a Porto e fomos deixar nossas malas no nosso hotel, o Hotel Carris Porto Ribeira - Carrís Hoteles. Amamos, pois a localização é excelente e tudo muito moderno. Descemos a rua e chegamos na Ribeira, onde pudemos ter ideia da beleza de Porto e da sua vizinha e não menos encantadora Vila Nova de Gaia. Paramos em um dos restaurantes e degustamos deliciosos bolinhos d bacalhau com um verdadeiro vinho do Porto em Porto!! Loly adorou alimentar e brincar com pombos na beira do rio. Depois do almoço atravessamos a ponte Luis I e fomos dar uma voltinha em Gaia e conhecer algumas das suas Caves de vinho do Porto. Conseguimos visitar o Museu da Casa Sandeman e a :: Real Companhia Velha :: Vinho do Porto Vinho de Mesa Vintage. Normalmente esses passeios devem ser agendados, mas tivemos sorte e conseguimos entrar na turma seguinte nessas duas grandes Caves. Engana-se quem pensa que os pequenos não curtem, Loly adorou ambos os passeios. Dei-lhe uma máquina fotográfica e ela foi se encantando com os barris, com a data em cada um deles e no final, na hora da degustação, ela também foi presenteada com uma taça de suco de uva, para brindar conosco!  Jantamos em Gaia, atravessamos a ponte de volta e decidimos aproveitar o restinho de energia que tínhamos para subir e descer o Funicular dos Guindais, que liga a Ribeira do Porto à Cidade Alta. Não passeamos, apenas subimos e descemos para aproveitar a vista (2 euros subida + 2 euros descida, preço salgadinho, mas vale a pena, pois é liiiiiiindo!!)
O café da manhã do Carris é maravilhoso. Logo depois saimos para a margem do rio Douro para um passeio de barco, com a Cruzeiros no Douro, a Melhor oferta em passeios de barco no rio .... que custou 10 euros por adulto e é grátis para crianças até 10 anos. Num barco lindo, tipo os que transportavam os barris de vinho do Porto, pudemos navegar pelas águas calmas do Douro até a sua foz, conhecendo as suas seis pontes: Ponte Luis I (inaugurada em 1886, projeto do sócio de Gustave Eiffel), a Ponte Maria Pia (de 1877 pela empresa Eiffel Constructions Métalliques, foi a primeira ponte ferroviária a unir Porto a Gaia), a Ponte de São João (construída em 1991 para substituir a Maria Pia), a Ponte da Arrábida, a Ponte do Freixo e a Ponte do Infante (que é a mais nova). Esse passeio durou uns 50 minutos e nos rendeu belíssimas fotos. Voltamos pra Gaia para conhecer outras Caves menores: a Croft, a Calém e a Quevedo, onde pudemos degustar vinhos maravilhosos e chocolates Godiva para acompanhar. Precisa dizer que Loly amou?? Depois fomos finalmente ao Teleférico de Gaia, de onde pudemos contemplar ambas as margens do Douro, suas casinhas coloridas, seus barcos de um estilo próprio, suas pontes... Foi uma beleza de passeio! Nos impressionou e deixou Loly caidinha por Porto! Lá no alto, no Jardim do Morro, passeamos e nos deixamos ficar olhando aquele lindo lugar, aquela gente simpática e que gosta de conversar, de falar da sua vida e de contar lindas histórias dali. Descemos para almoçar no Ar do Rio, na beirinha do Douro (ah! sempre o Douro), onde gaivotas queriam dividir com Loly as suas batatinhas fritas. Ficamos por lá até mais tarde e voltamos pela ponte, olhando para Gaia com a carinha triste de quem se despende sem querer. Em Porto tomamos um café com pães doces e fomos dormir, pois no dia seguinte partiríamos de volta para Lisboa e então para casa, no Brasil.
Enfim... Um país tão pouco valorizado quando se pensa em turismo, nos deixou fascinados, apaixonados, com belas recordações e muita vontade de voltar.
Fotos no nosso perfil do Instagram @malinhacomalca

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Sintra, Cascais, Óbidos e Porto - o belíssimo interior de Portugal PARTE 1

Pessoal,
Hoje vamos falar um pouco de Sintra e Cascais.
Na nossa segunda visita a Portugal, decidimos conhecer o interior deste pais maravilhoso. Pegamos um carro em Lisboa, que alugamos na AUTO EUROPE. Foi um alugeul barato (cerca de R$90,00 por diária) e eles entregaram o carro na hora marcada, no nosso Hotel! Mais prático, impossível!!
Saímos então em direção à Sintra pela IC19, linda estrada que nos fez percorrer os 28km de distância sem perceber! Facilmente fomos subindo as suas ladeiras e chegamos à Praça da República. O dia estava chuvoso, pois era outubro (outono) e compramos capas de chuva em uma das dezenas de lojinhas que circundam a praça. Deixamos o carro ali (pagando estacionamento, cerca de 2 euros por 2 horas) e saímos à pé para conhecer os arredores. Fomos direto ao Palácio Nacional de Sintra, de onde se tem uma vista maravilhosa da cidade, inclusive das montanhas acima, onde fica o Castelo dos Mouros. Uma visita rápida aos Jardins deste Palácio vale a pena. Na saída pegamos uma espécie de trenzinho que, por 3 euros, nos levou pelas pequenas ruas de paralelepípedos da parte mais antiga de Sintra. Lindo de se ver: as casas coloridas, antigas, com belíssimos jardins... A vista é encantadora! Na volta, paramos para um delicioso lanche na Piriquita, onde se serve os famosos travesseiros (doces típicos portugueses) e maravilhosas queijadinhas. Um chocolate quente nocauteou o frio que Loly estava sentindo e nos deu mais ânimo para ver os castelos - Palácio Nacional da Pena e Castelo dos Mouros.
Subimos de carro para o Palácio Nacional da Pena. Cuidado nesta hora, pois as subidas são íngremes e as ruas MUITO estreitas. A tensão só aumenta se vier algum veículo na contramão, mas dá pra encarar. O estacionamento foi grátis e pagamos cerca de 9 euros pelo passeio, exceto crianças. Loly se encantou com tudo! O castelo fica numa montanha de uns 500m de altura, em meio a uma floresta e a névoa que havia naquele dia fez tudo ficar ainda mais mágico. O castelo é pintado de amarelo e outras cores vivas, seu interior mantido como no tempo dos reis e rainhas, seus móveis e artigos de toalete. Puro luxo, para aquela época! O tamanho das camas e a altura do teto demonstrava inclusive, como eles eram baixinhos há séculos atrás! Foi um lindo passeio, sem dúvida!! Mas o tempo ficou feio e o frio estava de rachar. Devido à forte neblina que se formou, nos aconselharam a evitar o passeio ao Castelo dos Mouros, que foi construído no século VIII, em uma colina, mas que hoje são apenas ruínas, com algumas torres e sua murada, por onde é possível caminhar. Sendo assim, ouvimos o conselho dos mais sábios e voltamos, pois disseram que com aquele tempo chegava a ser perigoso um escorregão naquelas pedras.
Pegamos o carro e descemos para dar uma olhada no Museu do Brinquedo - Seja bem-vindo!, que não agradou muito, pois se trata de uma vasta coleção de brinquedos MUITO VELHOS e que, segundo Loly, dão até medo!!  O Palácio da Regaleira, onde se diz que há uma série de símbolos ligados à Maçonaria, à Alquimia e aos Templários. Quem sabe??
A barriga começava a pedir almoço, então pegamos o carro e voltamos à estrada em direção a Cascais. Havíamos pensado em passar pelo Cabo da Roca, ponto mais Ocidental da Europa, mas com a mudança do tempo e o vento que pegamos em Sintra, nos fez desistir. Diz-se que, mesmo em dias lindos de sol, o vento no Cabo é muitíssimo forte e chega a desequilibrar. Mais uma vez a segurança falou mais alto. E o estômago também. Foi tranquilo percorrer os 16km que nos afastávamos do nosso almoço, digo... de Cascais!
O percurso que queríamos fazer de bicicleta, acabamos fazendo de carro por causa dos ventos fortes. Passamos pela Boca do Inferno e, acreditem, o nome faz jus ao local! Era praticamente impossível olhar o mar e a violência com que as ondas quebravam nos rochedos aterrorizava qualquer um!
Almoçamos bem pertinho dali, no Restaurante Mar do Inferno. O restaurante é lindo e conta com uma maravilhosa gama de frutos do mar frescos e suculentos e alguns pratos de carne. De entradinha comemos um queijinho que lembra a ricota e que é temperado na hora, com pimenta do reino, flor de sal e "aquele" azeite especial, seguidos por maravilhosos bolinhos de peixe. Os pratos principais variaram de filés de bacalhau a carnes vermelhas. Todos muito gostosos e por um preço justo. O restaurante conta com um grande salão fechado e climatizado e uma área externa, que nos dias de calmaria deve ser maravilhosa. Mas neste dia estava especialmente angustiante - risos. Olhávamos de dentro do restaurante e as ondas quebravam contra essa "esplanada" (como eles chamam) com uma forca que fazia a água jorrar a metros e metros acima do próprio restaurante! Lindo e assustador! Loly adorou!
Depois deste delicioso almoço e de um cafezinho para dar energia, saímos em direção a Óbidos, distantes 108km entre si. A viagem foi deliciosamente tranquila, já que tínhamos um bocado de novidades para comentar e grandes momentos para relembrar, deste dia tão cheio de descobertas e novidades. Minha única queixa é que, por se tratar de uma cidade bem pequena, não havia placas na estrada que nos mostrasse que estávamos no caminho certo. Ou seja, estava confiando apenas no GPS e nas cidades maiores que eram citadas nas placas e que, eu havia lido sobre elas no nosso guia de viagem. A única plaquinha indicadora de Óbidos apareceu há uns 10km da entrada da cidade. Mas ai eu já estava tensa, pois estava com minha familia, dirigindo numa auto estrada portuguesa, numa noite chuvosa. Só consegui relaxar quando pegamos uma via marginal e vi ao longe a tão sonhada muralha do Castelo de Óbidos. Ansiosa apenas pela linda cidade medieval que nos esperava... Mas ai será um outro post.
Beijos e espero que aproveitem! Ah! Fotos pelo instagram @malinhacomalca

sábado, 14 de setembro de 2013

Barcelona para crianças - o destino preferido de Loly!

Oi pessoal,
Hoje eu vou falar de um dos destinos preferidos da minha filha. Não, não é a Disney... É simplesmente BARCELONA!
Eu e meu marido começamos a planejar uma viagem à Europa e era o sonho dele ir a Barcelona. Comecei e me preocupar com o que faríamos lá e o que teria que planejar para atrair a atenção e deixar essa cidade atrativa para uma criança.
Chegamos à noite, depois de uma conexão em Lisboa. Fomos para o hotel Portal del'Angel http://cataloniaportaldelangel.barcelonahotels.it/ no centro de Barcelona. No bairro gótico. Passamos uma noite maravilhosa e na manhã seguinte saímos para tomar um bom café da manhã e iniciar nossos passeios. Comemos um sanduíche maravilhoso, com o suco de laranja mais doce que já tomamos em toda a vida!!
Pegamos um mapa que encontramos no Hotel e fomos andando... O bairro gótico já é encantador por si só! Loly estava extasiada com aqueles prédios medievais, gárgulas no telhado e ao mesmo tempo, todo aquele movimento urbano e atual. Chegamos à Catedral de Barcelona. Linda! Enorme e imponente! Acho importantíssimo que as crianças tenham uma maquina fotográfica para que possam ter lembranças dos passeios pelo seu ponto de vista! E Loly foi descobrindo cada canto da Catedral. De lá, seguimos para a Praça da Catalunya. Foi ai que pude perceber, como toda a minha preocupação era desnecessária. Barcelona era linda e Loly era uma criança. Ou seja... Nada poderia dar errado nessa mistura! Nesta praça comprei um saco enorme de comida para aves por 1 euro e Loly passou um dos momentos mais legais alimentando os pombos da praça! Eles estavam em toda parte, sobre suas pernas, nas suas mãos... Voando e voltando! Foi mágico! E simples... O que mais encanta as nossas crianças do que momentos de simplicidade e natureza?
De lá seguimos passeando pelo Passeig de Gracia, uma avenida cheia de restaurantes magníficos, lojas divinas e chegamos rapidamente, sem nem perceber, à Casa Battló e um pouco mais à frente chegamos à Casa Milà, uma das maiores obras de arte de Gaudi. É a famosa "La Pedrera"! Sentamos um pouco para poder contempla-la.
Compramos uns "belisquetes" e seguimos para o Park Güell. Até aqui, tudo foi feito a pé. Daqui, pegamos um taxi, pois o parque é no alto e o metrô não nos levaria até lá. Este é um grande parque urbano com elementos arquitetónicos belissimos. Tudo ali era obra de arte! Aliás, é assim em Barcelona - um museu a céu aberto! Lá passeamos, vimos a casa de Gaudi, subimos e descemos escadas, ouvimos uma bandinha super diferente, que tocava alegremente para quem passava nas trilhas... Paramos para fazer um pique-nique (lembram-se dos belisquetes?) na parte mais alta do Parque. Olhando para a belíssima cidade de Barcelona, vendo até o mar Mediterrâneo! Na descida aproveitamos para as fotos! 
À noite... Las Ramblas!  "Rambla" é o nome que se dá a um tipo de rua larga e com grande movimentação de pedestres típica da Espanha. A mais conhecida das ramblas é Las Ramblas, ou La Rambla, que liga a Praça da Catalunha ao Porto Velho. Tudo encantador, uma quantidade inimaginável de pessoas indo e vindo! Bares, restaurantes, desenhistas, vendedores de todos os tipos, musicas, cheiros, sons... Foi ai que escolhemos nosso passeio do dia seguinte! 
Acordamos e fomos descobrir outro local encantador para o café da manhã. Opções não faltam! Seguimos por Las Ramblas até a praça do Portal da Paz, onde fica o Monumento a Colón (nosso Colombo), apontando para o mar. Foi dai que vimos e visitamos o Museu de História da Catalunya, o museu Naval e a área conhecida como Porto Velho. Dai surge uma enorme "ponte" chamada de Rambla do Mar. Percorrendo sua extensão, chegamos a um grande Shopping chamado Maremagnum e, por trás dele há um parque e o Aquário de Barcelona - Ok! "Programa do dia seguinte" à vista!! 
Seguimos de metrô para visitar a Sagrada Família. Esta imponente igreja foi desenhada por Gaudi e é considerada por muitos críticos como sua obra-prima Seu projeto foi iniciado em 1882 e assumido por Gaudi no ano seguinte. Foi a ela que Gaudi dedicou seus últimos 40 anos de vida. Mas a estrutura permanece inacabada (em obras) e com término previsto  para 2026. Fizemos umas comprinhas na praça em frente à Igreja e seguimos em direção à Montjuice, uma montanha bem no meio da cidade de Barcelona.
O Castelo de Montjuice é um ponto que merece um bom tempo para contemplação. Vale a pena olhar para cada parte dele, assim como para a vista que se tem de lá. Seguimos para o Estádio Olímpico e El Poble Espanyol, onde pudemos comprar alguns souvenirs a preços bem camaradas. Foi ai que jantamos.
No terceiro dia logo pela manhã: Aquário de Barcelona L'Aquarium de Barcelona | Sumérgete en el Mediterráneo. Foi realmente um mergulho no Mediterrâneo, embora existam ambientes que remetem a todos os climas e mares do mundo! Há um túnel, coberto de água, onde podemos ver tubarões, arraias gigantes e peixes-lua por todos os lados e também sobre as nossas cabeças. Na parte superior há uma área chamada "Explora" onde Loly pode ver pinguins, passar por dentro de uma cachalote, mexer nos controles de um submarino e escorregar pela garganta de um peixe!! Enfim, foi fantástico!! Recomendo e pretendo ir de novo!
Na saída paramos em um pequeno conjunto de brinquedos infantis, como um pague de diversões itinerantes e Loly se divertiu ainda mais! A fome estava chegando e era hora de realizar o desejo do Papai - La Boqueria, o mercadão de Barcelona (http://www.boqueria.info/). E tudo se coloriu de novo! Frutas enormes, lindas, apetitosas... Barracas de sucos naturais, biscoitos, massas... Cheiros, azeites, especiarias... Mariscos vivos, entrando e saindo das conchas! Esse passeio nos rendeu uma refeição magnifica e fotos fora do comum! À tarde decidimos visitar o Camp Nou - estádio do Barcelona, grande paixão da cidade e a Torre Agbar.  Na volta paramos para comer Pinchos em um lindo restaurante (desculpem, eu não encontrei o nome) em uma transversal do Passei de Gracia. Conhecemos essas delicias em Barcelona e nos divertimos muito! A idéia é simples e maravilhosa, a gente vai ao balcão e se serve: pincho é um pedaço de pão com vários tipos de cobertura - queijos, mariscos, chorizo, presunto, molhos... tem pinchos quentes e pinchos frios. Pinchos salgados e até pinchos doces! Loly se apaixonou pelos de queijo brie.  No final, a conta vai depender de quantos palitos tem na sua mesa! Sim! Pois cada pincho tem um palitinho, para segurar o "topo" e para auxiliar a conta. Foi uma experiência muito legal! 
No dia seguinte, como já estávamos muito cansados, pegamos um ônibus tipo City sightseeing http://www.city-sightseeing.com/tours/spain/barcelona.htm para visitar os pontos turísticos mais distantes que ainda não tínhamos visitado. Foi quando vimos o Porto Olímpico, a praça de Touros, e as praias! Ah... Barceloneta!
Na volta tivemos um tempinho para bater nosso cartão de ponto no Hard Rock Barcelona (vamos a tooodos, sempre!) e à H&M http://www.hm.com/es/, garimpar pecinhas em promoção!valeu a pena, viu?! Alias, a H&M vale a pena sempre! É só ter paciência pra ver o que vale a pena! 
Voltamos ao restaurante da noite anterior, para fechar com Pinchos, nossa estadia nessa cidade deslumbrante. Barcelona é, sem duvida, inesquecível e faz parte dos nossos planos, voltar em breve! Muito breve! 

sábado, 7 de setembro de 2013

Visto americano - o que eu preciso saber?

Oi pessoal!

Eu fico tentando classificar os futuros 'posts' na minha mente, tentando dar-lhes uma ordem de importância. Mas é muito difícil e eu gostaria de dispor de bem mais tempo, para escrever, escrever, escrever... Mas a vida não pára e precisamos dar conta de muitas outras tarefas no dia-a-dia. Mas ontem, domingo, no finalzinho do Fantástico, uma grande amiga me ligou perdida, me dizendo que ao tentar preencher o formulário de solicitação do visto americano, acabou comprando um guia de preenchimento (que custou 60 dólares!!!) e descobriu que estava no site errado. Dai me veio a resposta de qual deveria ser meu próximo post. E cá estamos...

O primeiríssimo passo: ter solicitado e recebido o passaporte! É essencial, pois vamos precisar do número dele.

Depois disso, vamos ao site do consulado americano, acessando https://ceac.state.gov/genniv/ Este e APENAS este é o site que nos dá acesso ao formulário a ser preenchido, o DS-160.

Logo na pagina inicial, acima e à direita, você precisa selecionar o país e cidade onde irão para entregar os documentos e se submeter à entrevista. Aqui no Brasil temos consulados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife. Depois de escolher uma destas cidades, você pode tirar ou enviar uma foto digital, com fundo claro, roupas que cubram os ombros e um penteado que deixe seu rosto visível. A partir dai siga para responder ao questionário. É longo e cansativo. Mas garanto que valerá a pena!

DICAS:

- O questionário será preenchido em inglês, mas ao posicionar o cursor do mouse sobre a pergunta / resposta, sem clicar em nada, aparecerá um balãozinho com a tradução;

- Anote seu número de protocolo;

- À medida que for respondendo ao questionário, salve o que já fez, pois caso aconteça alguma intercorrência você não terá que refazer tudo, desde que tenha seu número de protocolo;

- Caso você pare o preenchimento por mais de 20 minutos, o programa irá reiniciar e você terá que preencher tudo de novo;

- Tenha em mãos todos os seus documentos: passaporte, RG, CPF, carteira de trabalho e outros;

- Você terá que preencher um questionário para cada pessoa que for viajar, mesmo os bem pequenos;

- Às vezes o site nos dá a opção de utilizar as informações de endereço para preencher o formulário dos demais membros da família, mas não é sempre que isto acontece;

- Não use   ~   ^   '    ç  ou qualquer tipo de acento.;

- Você precisará preencher um endereço de contato no Brasil e, também o endereço no qual você pretende ficar nos EUA;

- Não deixe nenhuma informação solicitada em branco. Quando for o caso, clique em "N/A" (not available);

Ao finalizar o preenchimento o próprio site lhe dará a oportunidade de revisar todas as informações. Revise-as com cuidado, pois depois disto você não terá outra chance. Clique então em "Assinar e enviar";

- Imprima a página final, que contém o código de barra referente à sua solicitação, pois ela será apresentada ao Consulado no dia da sua entrevista;

- Você terá então, um ano para marcar a sua entrevista.

Use o site .Agora é hora de pagar a taxa de US$ 160 por cada visto que você estará solicitando. Antigamente esta taxa de solicitação de visto (MRV) era paga apenas nas agências do Citibank e, em dólar. Hoje pode ser paga com boleto bancário, com cartão de crédito no site ou com cartão de crédito pelo telefone.

Então vá ao site do CASV Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV) - CSC Visa ... e faça seu LogOn. Leia atentamente todas as informações e crie uma conta. Será o momento de pagar a taxa de US$ 160 por cada visto que você estará solicitando. Antigamente esta taxa de solicitação de visto (MRV) era paga apenas nas agências do Citibank e, em dólar. Hoje pode ser paga com boleto bancário, com cartão de crédito no site ou com cartão de crédito pelo telefone.

Depois de pagar a taxa você terá acesso às datas disponíveis para marcação de pré-entrevista e entrevista no Consulado de sua preferência. Sim... São necessárias duas idas ao Consulado. O dia da pré-entrevista é para que você leve seus documentos. No dia seguinte será realizada apenas a entrevista. O passaporte com seu visto será entregue na sua casa, por meio de Sedex.

Espero ter ajudado!






sábado, 31 de agosto de 2013

Mergulhando com Golfinhos no Miami Seaquarium

Como já deu para perceber, somos apaixonados por animais. Eu e Loly temos mais vontade de pegar, acariciar, beijar... Beto é o fotógrafo e prefere ficar de longe, apenas observando!!
Por isso, desde que decidimos voltar aos EUA, começamos a procurar opções que nos permitisse interagir com golfinhos, animais dóceis, lindos e uma das nossas maiores paixões.
Dentre a nossa procura, tive contato com o Discovery Cove (Explore Discovery Cove - Swim with Dolphins, Snorkeling in Florida) e comecei a "prospectar". Este é um parque da "família" Sea World, mas tem como diferencial ser all-inclusive. A entrada, as bebidas, as refeições, toalhas que serão utilizadas durante o dia e, a grande maioria das atrações. O pacote para o parque incluindo a interação com golfinho, custava 259 dólares por pessoa. Para mim e Loly seriam mais de 500 dólares, fora a entrada de Beto, sem mergulho, que custaria 169 dólares. Ai... Doeu no bolso, mas... Sonho é sonho!! Ficamos muito animadas e começamos a projetar cada minuto. Mas tínhamos esquecido de que esse encontro aconteceria nos primeiros dias de janeiro. Ou seja o frio estaria lá com a gente! Orlando não neva ou faz temperaturas extremas como NY, mas faz até 3oC. Como faríamos se a temperatura caísse tanto no nosso grande dia?? Será que acharíamos um plano B??
Foi ai que, fuçando a internet descobri que havia uma experiência bem similar no Miami Seaquarium. O parque é bem similar ao Sea World. Similar... Pois não há nenhum tipo de montanha russa. Mas há shows e exposição de animais aquáticos e aves. É bem mais simples e menor que o Sea World, mas vale muito a pena conhecer. O ticket de entrada geral é no valor de 39.95 dólares para adultos e 29.95 para crianças. E o valor que paguei pelo nosso (meu e de Loly) mergulho foi 238 dólares!! Pelas duas!! Dá para acreditar?? Então...
O Miami Seaquarium nos dá duas opções de interação com golfinhos. O Dolphin Encounter, é mais indicado para crianças menores, pois a gente acaricia, brinca de bola, mergulha para vê-los e ouvi-los sob a água, mas não nada segurando na sua barbatana dorsal. Esse foi o que escolhemos, pois eu e Loly achamos que ela ainda não tinha tamanho e preparo para essa peripécia. O outro é o Dolphin Odissey, que conta com o tudo o que o nosso conta, mais o nado, atravessando a piscina sendo levados pelo golfinho. Antes da hora marcada para o nosso mergulho, ficamos curtindo o parque e vimos um lindo show de golfinhos, show de orcas, passeamos por entre aves, acariciamos arraias e fomos para o local marcado!
Faz parte de ambos os programas as roupas de neoprene e uma apresentação sobre golfinhos, sua anatomia e comportamento, o que esperar dos momentos de interação e o que não se deve fazer, onde não se deve tocar no corpo dos animais. A tão esperada hora chega e somos levados para a piscina, onde um pequeno grupo de cerca de 10 pessoas ficam com 2 golfinhos. Os nossos eram o Echo e a Abricot. Lindos...
As lágrimas saem dos olhos mesmo que a gente não queira! Os golfinhos tem aquela carinha linda, como se estivessem sorrindo o tempo todo. Fazem truques para nós, chegam perto, fazem barulho, brincam... Em determinado momento a treinadora traz uma bola, joga e o golfinho traz para uma das pessoas do grupo. Adivinhem quem foi premiada com isso por duas vezes?? Loly!!! A emoção é indescritível!!
Recebemos então máscaras e mergulhamos para vê-los sob a água. E o detalhe que fez toda a diferença?!? A temperatura da água!! Mesmo no clímax do inverno, estava fazendo um dia lindamente ensolarado em Miami, sol forte, céu azul e a água em uma temperatura agradável. Nem quente, nem fria a ponto de incomodar ou inviabilizar o mergulho.
Saímos de lá com uma sensação maravilhosa, gostinho de 'quero-mais' e aquela emoção de quem acabou de realizar mais um sonho ao lado da minha família, ao lado da minha FILHA!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Miami para crianças

Olá pessoal,
Sei que a Disney (Orlando) é um dos principais destinos que escolhemos para levar nossos pimpolhos. Mas pela proximidade, Miami é um "plus" quando vamos para a Flórida! Além de termos os vôos mais comumente chegando a Miami, é tudo mais barato do que Orlando e o clima mais ameno, principalmente no inverno!
Todas as vezes que vamos a Orlando, é uma opção nossa desembarcarmos em Miami. Beto adora esta cidade! Lá, alugamos o carro no Aeroporto e fazemos nossa primeira parada obrigatória no Walmart Supercenter. Pegamos então a Flórida Turnpike (Florida's Turnpike - The Less Stressway™) e curtimos a viagem de 380km, com suas vistas maravilhosas, pistas amplas e de asfalto perfeito e, com paradinhas super legais nos "Services Plazas", que contam com lanchonetes, WC, lojinhas e etc.
Mas, voltemos a Miami!
O que não falta é o que fazer! Durante o dia, podemos fazer uma série de passeios. Podemos por exemplo, alugar um barco e nos deliciarmos pelo litoral desta terra maravilhosa. Isso ai faz parte dos nossos sonhos, ainda não fizemos! Então, a única coisa que posso dizer é que os barcos podem ser facilmente alugados no Bayside Marketplace - Outdoor Shopping Mall in Downtown Miami ... Que por sinal, tem inúmeras atrações: loja da Disney, Victoria's Secret, Kippling... Excelentes restaurantes e é super animais, principalmente à noite.
De carro também não faltam programas e opções. Nunca deixamos de ir a Miami Beach. O bairro Art Deco é uma das atrações mais legais. São inúmeros casarões neste estilo, que datam os anos 20, mas impecáveis na sua conservação. Localizam-se principalmente na Ocean Drive.
A Ocean Drive é a Copacabana de Miami. Bares, restaurantes, hotéis lindos e lojas à beira-mar. Um calçadão maravilhoso de dia ou à noite. E mar azul! Neste mesmo bairro, encontra-se a Linconl Road, uma extensão da Ocean Drive, com as lojas e marcas mais procuradas do mundo.
Uma excelente escolha é visitar o Miami Seaquarium. Não tem montanhas russas, mas tem todas as outras atrações do Sea World, por um precinho muuuuuuuuito mais maneiro. Foi ai que mergulhei com Loly e os golfinhos. Tem show de orcas, golfinhos, tubarões, tem aves, lojinhas... Vale muito a pena!! Foi uma experiência inesquecível e gastei menos da metade que gastaria no Discovery Cove no nosso mergulho. Farei um post apenas sobre esse programa!
Outra atração que as crianças AMAM é o Jungle Island, onde os pequenos podem ver e interagir com várias espécies animais: papagaios, araras, macacos, lagartos, cobras! Imperdível!
O Miami Childres's Museum Welcome to the Miami Children's Museum é sem dúvida um daqueles "trunfos" que devemos ter na manga a cada viagem. Não há quem não se encante - crianças e adultos - com todas as exposições: odisséia marinha, a exposição sobre ursinhos de pelúcia, arte infantil! Um mundo de sonhos. Separe boa parte do dia para que seus pequenos possam curtir o passeio sem pressa.
Ao Sul de Miami, está o bairro de Coconut Groove. Um shopping a céu aberto, em estilo europeu, que conta com maravilhosas lojas e restaurantes encantadores. Um dos nossos preferidos é o Peacock Garden, Home » Peacock Garden Cafe. Até hoje Loly diz que é um dos melhores locais onde ela já comeu.
E como eu poderia deixar de falar das compras?
Miami é um paraíso para todos os que são loucos por compras. Para as crianças, então... Existem uma serie de lojas e Outlets que tiram qualquer pai e mãe do seu juízo perfeito! Um dos principais shoppings é o Dolphin Mall http://www.shopdolphinmall.com/ que conta com inúmeras opções de compras e alimentação para toda a família.
Mas o nosso preferido, queridinho e parada obrigatória é o Sawgrass Mills. Acredito que seja o maior shopping de Miami. Vc encontra todas as lojas mais legais, com descontos e, para alegria das crianças (como se só elas se alegrassem!) é neste shopping que fica o Rainforest Cafe. Um misto de restaurante, loja, bar temático, onde as cadeiras tem a forma de bichos, onde aquários magníficos decoram e alegram o local, onde comemos "belisquetes"maravilhosos, acompanhados de drinks coloridos e refrescantes... Enfim!! Todos precisam conhecer!!
Sobre a locomoção, que todos sempre me perguntam: prefiro alugar carro! É bem barato, contamos com estacionamento fácil e seguro e, como sempre exageramos nas compras, elas ficam bem guardadas enquanto passeamos pela cidade.
Existem ainda inúmeras outras opções, como museus, galerias de arte, exposições, curtir a praia, restaurantes premiados... Miami é uma cidade que merece e precisa ser visitada incontáveis números de vezes!







domingo, 25 de agosto de 2013

Lujan - um zoológico diferente


Olá pessoal,
Muitas pessoas têm me perguntado sobre Lujan e, mesmo em uma época em que disponho de bem pouco tempo, resolvi postar sobre nossa ida ao Zoológico de Lujan em fevereiro deste ano.
Eu descobri Lujan no ano passado, quando uma prima minha que mora em São Paulo foi lá e trouxe dezenas de fotos maravilhosas ao lado de animais selvagens. Achei tudo aquilo fantástico e, depois de mergulharmos com golfinhos no Miami Seaquarium era o que queríamos! Comecei a pesquisar, pois queria saber como seria possível nossa aproximação e interação com aqueles animais (tigres, leões, dentre outros) sem que corrêssemos riscos. E para os animais? Será que eles eram bem tratados, dopados, anestesiados?
Como medica veterinária foi fácil perceber que eles não eram anestesiados. Grandes felinos não se comportavam daquela maneira quando dopados... E aos poucos, com alguns relatos, inclusive de uma amiga que foi um mês antes de mim, de que eles eram bem tratados e a criados junto a animais domésticos (cães na sua maioria), o que fazia com que eles aceitasse a aproximação humana sem nenhum problema.
Saímos de Buenos Aires as 8h. da manhã em uma Van contratada daqui do Brasil. Mas lá é super fácil  contratar também. Os valores são os mesmos e facilmente negociáveis, principalmente nos hotéis ou no meio da rua, na Florida, por exemplo. Em menos de uma hora chegamos ao zôo, que estava cheio, mas não lotado. A ansiedade era enorme, principalmente de Loly. Como fomos no verão, o valor era intenso, então sugiro que levem água mineral. Há onde comprar no zoo, mas obviamente é bem mais caro! O protetor solar também é item essencial, pois andamos no sol entre um recinto e outro.
Fomos logo direcionadas ao recinto do Nicholas, um tigre liiiindo que é a marca registrada do zoo. Fomos logo avisados de que, nos recintos dos animais adultos, não era permitida a entrada de crianças. Ok! se é pela segurança de Loly, estávamos todos de acordo. inclusive ela! Estávamos com Beto, meus pais e minha tia. Apenas eu, meu pai e minha tia queríamos contato com os grandes felinos.
Havia fila, mas nada que chegue a preocupar... Esperamos poucos minutos e estávamos dentro do recinto com Nicholas deitado sobre uma mesa, uma tigresa solta que estava andando, prestando atenção a tudo e se esfregando nas pernas de todos, como se fosse um gatinho. Apesar de toda a preparação e das pessoas que nos ajudam e tiram fotos (funcionários do parque), a concentração de  adrenalina é altíssima! Tiramos fotos, acariciamos e saímos maravilhados!
Loly não estava chateada nem tampouco ociosa, pois alimentou gansos e leões marinhos enquanto eu estava com Nicholas.
De lá fomos ao recinto dos leões que estavam em sono profundo. Um leão adulto era "obrigado" a tomar leite para que se mantivesse acordado e, neste recinto nossa demora foi bem pouca, embora rendesse boas fotos. De lá seguimos direto para um dos recintos de filhotes, onde ai sim, Loly pode entrar, alimentar e fazer carinho em filhotes de leões e tigres! Foi maravilhoso poder ver a sua felicidade e sentir que estávamos juntas, realizando mais um sonho! A felicidade foi geral e contagiante. Mas a partir desse momento, Beto (que não estava feliz em meio a animais selvagens) conseguiu a companhia do meu pai para ir e se instalar no bar/restaurante que há no zoo. Seguimos então para um delicioso passeio de camelo.
Foi um dos momentos mais legais para mim, embora Loly tenha se assustado inicialmente com a altura e o "rebolado" do bichão. Foi muito bom também pelo fato deste recinto ficar na sombra, pois o calor estava insuportável!
Seguimos para a visita ao elefante... Neste recinto não há contato direto com o animal. Nós pegamos frutas, elevamos as mãos e ficamos de costas. O elefante vem buscar as frutas e, nesse momento nos surpreendemos com a delicadeza com que a tromba encosta em nossas mãos e cabeças! É um momento em que conseguimos belas fotos!
Fomos almoçar (churrasco, sanduíches e salgadinhos - nada de muitas opções nem grandes preparações - tudo muito simples) e tomar um sorvete, para tentar diminuir o desconforto térmico.
Depois disso fomos apenas Loly, eu e minha tia procurar os tigres brancos. Lindos! Mas preferi não entrar no recinto, pois nosso tempo estava curto e ainda queríamos ver os ursos. Fomos passando pelos recintos dos pôneis, lhamas e dos tigres adultos que estavam de folga. Foi ai que vimos um portão menor e um dos funcionários perguntou se não gostaríamos de alimentar os leões bebês! Só éramos nós três e uns cinco filhotes! Loly pode dar leite na mamadeira, minha tia teve um deles deitado no colo, demos também asas de frango a cada um deles e sorrimos muito. A alegria estava no ar!
Como restava bem pouco tempo, fomos alimentar um enorme urso pardo, enquanto seu companheiro estava se refrescando na piscina. Neste momento fiquei tensa, pois sempre temi ursos e eles são bem maiores do que eu imaginava!
Fomos correndo buscar o restante da família, pois estava na hora de sairmos do zôo para visitar o centro de Lujan e a Catedral da cidade, lindíssima em estilo gótico.
Foi uma grata surpresa. Não pelo centro da cidade em si, que tem poucas batrações, mas pela catedral. Lindíssima! Imponente! E cheia de cachorros no seu interior! Brincamos com dois simpáticos cães lá dentro e eles nos seguiram até a Van. Loly adorou e tentou de todas as maneiras me convencer a trazê-los nas malas! Kkkkk
Portanto, Lujan é uma excelente passeio para crianças que gostam de animais e adultos e crianças que sonham com esse contato. Recomendamos!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Chile para crianças

Viajamos em família (eu, Beto, Loly, avós e tios) para 5 dias no Chile durante o inverno. Vou falar aqui apenas das nossas experiências em Santiago e arredores, já que há um post apenas para o Valle Nevado. http://www.malinhacomalca.blogspot.com.br/2013/08/nada-de-valle-nevado-para-criancas.html

- City tour em Santiago: no primeiro dia saímos logo cedo para conhecer Santiago. Como nosso vôo chegou à noite, só pela manhã pudemos ver como a cidade é lindamente circundada pela Cordilheira dos Andes, que nesta época tinha neve nos seus picos. Fomos de van ao Centro da Cidade, onde conhecemos o Pátio Bella Vista, a Plaza de Armas, a Catedral Metropolitana e os cafés chilenos. Tudo limpo, bem policiado e lindo de se ver. Ai existe uma serie de casas de cambio. Fomos na AFEX por acreditarmos que se tratava de uma empresa seria, mas fomos presenteados com 20.000 pesos em notas falsas e a empresa não trocou essas notas. Ficamos no prejuízo e passamos constrangimento... Seguimos ao Cerro San Cristobal, onde paramos para admirar a bela cidade e tentar parar de pensar no dinheiro falso. Fomos então ao Mercado Central, onde o assedio dos garçons é absurdo e os preços exorbitantes. Um "centolla", caranguejo gigante do Pacifico para 2 pessoas não sai por menos de R$200,00. Saímos dos maiores restaurantes (Donde Augusto e Galeon) e fomos ao Donde Blanca, onde fomos muito bem tratados e pagamos um valor mais justo pelos pratos e vinho. Saímos andando pelas ruas da cidade até a Igreja de San Francisco e Cerro Santa Lúcia, onde pudemos ter uma linda vista da cidade e das montanhas. À noite fomos jantar no "Aqui esta Coco" http://www.aquiestacoco.cl/ Ambiente aconchegante e cardápio divino! Vale a pena!

- Valparaiso e Viña del Mar: A viagem para estas cidades dura em torno de uma hora e meia. No meio do caminho há uma parada para um café e pudemos tirar fotos de lhamas num cercado ao lado. Em Valparaiso, encontramos os funiculares (um dos atrativos da cidade portuária) em manutenção, então visitamos logo uma das casas de Pablo Neruda e demos uma volta pelo centro da cidade que, sinceramente nada tem de excepcional. Pela orla, sem nem percebermos, chegamos a Viña del Mar. Esta sim, arborizada, colorida e iluminada. Fomos ao relógio de flores, ao Cassino e almoçamos no maravilhoso Fellini (o melhor custo-benefício de toda a viagem). Um passeio pelas praças de Viña, parada para contemplar o Oceano Pacífico e fomos ao Museu Francisco Fonk, que estava fechado, mas pudemos visitar o Moai, um dos poucos originais fora da Ilha de Páscoa.

- Concha y Toro: Por mais incrível que possa parecer, foi o passeio preferido por Loly. É pertinho (menos de uma hora de viagem) e nada cansativo. Loly estava com sua máquina fotográfica em mãos, se entretendo com os itens da lojinha, os animais (pombos, galinhas, cavalos e coelhos) que passavam furtivamente no jardim da propriedade. Mesmo as parreiras podadas, com as plaquinhas que identificavam cada variedade eram fotografadas. E assim foi inclusive durante a degustação do primeiro vinho. Logo depois, chegamos onde ela tanto queria: Casillero del Diablo Casillero Del Diablo - História e Lenda. Uma adega subterrânea, com centenas de barris cheinhos do melhor vinho (Don Melchior) - mas que de nada importava pra ela - que criavam uma atmosfera um tanto quanto sombria. Foi quando a nossa guia disse que contaria a história sobre o Casillero e Don Melchior, mas que o próprio "Diablo" iria contar. Ela saiu, as luzes apagaram-se e começou um espetáculo quase Disneylandia! Sons, projeções na parede, passos e a história foi contada. Todos - adultos e crianças - ficaram extasiados e impressionados! Subimos para a degustação do vinho tinto e ganhamos nossas taças como lembrança.

- Bali Hai: Segundo Loly, voltará ao Chile para levar seus filhos ao show folclórico na Bali Hai (Inicio - Balihai - Santiago). Chegamos e fomos levados à mesa, pertinho do palco. O garçom nos trouxe o cardápio que conta com três tipos de menu (Chileno, Polinésio ou Internacional), onde pudemos escolher entradas, prato principal e sobremesa. Além do drinque de boas vindas (várias opções) e meia garrafa de vinho por pessoa, tudo incluso. Foi quando vieram músicos Polinésios e durante o jantar, começou um show com danças folclóricas de várias regiões do Chile. Os dançarinos interagem com o público e até eu dancei. Um senhor de linda voz canta músicas de vários países como homenagem e, ao final, há uma linda apresentação de dançarinos Polinésios. Fantástico! Loly enlouqueceu, assim como todos nós. Foi, definitivamente, uma noite inesquecível.

Além disso, preciso alertar sobre os taxistas - costumam cobrar valores exorbitantes pelas corridas, quando percebem que somos turistas. Em uma das vezes pagamos 20.000 pesos (equivalente a R$100,00) por uma corrida que, segundo informações no Hotel, não passaria de 8.000 pesos (R$40,00). A partir dai, quando saíamos do Hotel, pedíamos um taxi-turismo e o valor era tabelado. Um pouco mais alto que os carros de praça, mas sem sustos ou possibilidade de roubo.

Outro ponto que nos deu um "banho de água-fria" foi quando, numa doceria, fui pagar um sonho para Loly e a moça do caixa me disse que eu estava pagando com uma nota falsa. Chamou o gerente, que logo viu que éramos turistas e me perguntou onde eu havia feito o câmbio. O câmbio foi feito por todos nós na AFEX, uma das casas de câmbio mais bem conceituadas do Chile, mesmo que não fosse o melhor valor, buscamos segurança. Ele se dispôs a olhar minhas outras notas e identificou mais uma noa falsa (20.000 pesos no total) e me sugeriu que fosse lá no dia seguinte, com os recibos (que estavam comigo e tive que apresentar na doceria, para provar minha história), mas que dificilmente teria meu dinheiro de volta. Assim foi feito e, a AFEX me disse que a única coisa que faria por mim, era me dar o livro de ocorrências para que eu registrasse minha queixa. Peguei o livro, fiz a queixa e pude perceber que meu caso não era um fato isolado, mas que haviam outras queixas, inclusive de outros brasileiros que fizeram câmbio de reais por notas falsas. Por isso... CUIDADO COM A AFEX!! Vale a pena conferir nota por nota: procurem por marcas d'água e faixas holográficas em todas as suas notas.



terça-feira, 6 de agosto de 2013

Nada de Valle Nevado para crianças


Chegamos do Chile a quase 24 horas e estava doida para dividir nossa experiência com vocês. Infelizmente o que vou contar agora vai de encontro a meses de expectativas e de tudo o que imaginei que seria nosso dia na neve. Em nenhum dos sites e blogs consultados me falaram da realidade nua, crua e fria do Valle Nevado e criei um cenário que não existiu para nós.
Saímos de Santiago às 7h da manhã, a uma temperatura de cerca de 6oC e partimos de van para as montanhas. No nosso pacote estava o traslado de ida e volta e os equipamentos de esqui - leia-se esquis, bastões e botas. No caminho uma funcionaria da agencia de viagens procurava saber quem queria alugar roupas, tamanho e peso de cada um de nós. Lembrem-se que as roupas e luvas devem ser impermeaveis e são essenciais! Alguns quilômetros adiante paramos em um prédio, onde funcionarias nos aguardavam com maquinas de cartão de credito para pagar o aluguel das roupas. Iniciamos então a subida da Cordilheira. São 16km de pré-Cordilheira com subidas e curvas "lights". As 40 curvas seguintes são de fato 'tensas' e, como já estávamos aguardando, tentávamos curtir as curvas de cerca de 180 graus montanha acima. Loly, que costuma enjoar, estava medicada com Dramin e meio sonolenta. 
Paramos em Colorado para nos equiparmos e foi ai que começamos a sentir o efeito da altitude. Um lance de escadas com uns 10-12 degraus quase matou a todos nós. Vestimos roupas, luvas, botas (desconfortáveis, apertadas, pesadas e que causam dor) e nos entregaram nossos bastões e esquis. Cada um deve cuidar do seu equipamento. Mas e minha filha de 10 anos? Numa altitude de mais 3.000 metros? Mas lá vamos nós, mais algumas curvas acima até o Valle Nevado. 
Chegando lá fomos levados escadaria acima até a entrada da estação de esqui (gôndolas e teleféricos), onde fomos recebidos pelo nosso instrutor nervoso e grosseiro, pois estávamos 40 minutos atrasados - como se a culpa fosse nossa! O cara perguntou o nome de Loly e foi dizendo: "Aqui é cada um por si, Loly. Esqueça que tem mãe." Então ele saiu velozmente à nossa frente, enquanto eu, Loly, Beto, meus pais e minha irmã nos batíamos para andar com aquelas botas e carregar nossos equipamentos enquanto nos faltava o ar. Chegamos a pista onde teríamos aulas e nem conseguíamos olha para o lado e contemplar o visual. Loly estava péssima, Beto pior ainda... Pararam para sentar e ver se melhoravam enquanto o instrutor gritava conosco. Minha mãe caiu e pensei que ninguém iria ajudar. Outro funcionário da estação ajudou de cara feia e ela desistiu. O mesmo aconteceu com minha irmã. Ficamos na aula apenas eu e meu pai. Ao final de cerca de 90 minutos entramos no único "restaurante" que há ali: BAJO ZERO. Tudo caríssimo e com filas quilométricas. Comemos os nuggets e pasteis mais caros do hemisferio Sul! Depois de me certificar de que todos estavam bem, dentro do possível, decidi esquiar com meu cunhado. 
Fomos descendo as pistas iniciais e decidimos descer a montanha até a gôndola principal. Foi tudo ótimo até a maior queda. Fiquei lá, largada vendo centenas de esquiadores passarem por mim velozmente, inclusive funcionários do Valle Nevado. Um deles se dignou a parar e me ajudou a subir de volta ao esqui. Quando o questionei se a base estava longe, ele respondeu balançando a cabeça para cima e para baixo e sumiu na neve. Em outra queda, um brasileirinho de cerca de 12 anos foi quem me ajudou! Ah! amo os brasileiros... Aos trancos e barrancos chegamos à base e voltamos para buscar os outros. Cada um carregando seu equipamento, descemos de gôndola e tiramos uma foto, felizes... Por estarmos inteiros e por estar acabando aquele dia. Nada de bonecos de neve nem anjos de neve, já que o gelo era muito duro, sem neve nova. Nada de esqui em família já que a maioria passou mal com a altitude ou a atitude do professor. Nada de expectativas realizadas e, finalmente, nada de vontade de voltar! 
Mas... Ainda faltava a viagem de volta. Estrada cheia de névoa, frio de rachar e muito mais enjôo do que na subida. Ainda bem que ainda tinha Dramin para Loly e minha mãe. Depois de a van raspar um guard-rail, prometi aos meus Guias que se Eles nos tirassem dali seguros, eu não voltaria MESMO!
Enfim, não volto ao Valle Nevado e, definitivamente, não recomendo essa viagem para crianças. Passei o resto da noite me sentindo culpada por ter levado minha família e, principalmente minha filha, a um destino que nos trouxe varias frustrações: a subida é bem difícil, a altitude mexe MESMO com a gente, os instrutores são grosseiros e despreparados e os funcionários da estação não nos dão nenhuma assistência durante as descidas. 
Sei que este pode não ser um post que vocês gostariam de ler... Mas eu bem queria ter tido essas informações a tempo. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O que não pode faltar em uma viagem com crianças

Olá pessoal,

A cabeça está fervilhando, querendo contar todas as nossas viagens bem rapidinho! Mas estamos aqui nos preparando para o Chile e eu correndo para riscar tudo o que está em aberto na minha 'check list'. Dai me lembre de um tópico de extrema importância: o que não posso deixar de levar quando viajo com minha Princesinha?
Então lá vamos nós...

1) DOCUMENTOS: Se seu filhote é muito pequeno e ainda não tem carteira de identidade e, claro, a viagem é dentro do Brasil, vc vai precisar da certidão de nascimento. Sugiro que você providencie a carteira de identidade dele o mais rápido possível, pois é menor, mais resistente e fácil de carregar junto a seus próprios documentos. Caso a viagem seja internacional, ele vai precisar do passaporte (exceto para os países do Mercosul). Consulte o site da Policia Federal para maiores informações (www.dpf.gov.br). Caso seu filho vá viajar para fora do pais com apenas um dos pais, vai precisar também de uma autorização para viagens internacionais, que deve ser assinado com firma reconhecida. O modelo pode ser encontrado também no site da Policia Federal.

2) REMÉDIOS: Não conte coma sorte, caso você vá para o sítio da sua tia-avó ou mesmo caso você esteja indo para Tokio. Leve tooooodas as medicações que seu filho usa ou possa vir a usar. Se possível, leve as receitas medicas junto. Lembre-se que antibióticos só são vendidos com receita medica e que, fora do Brasil vai ser impossível compra-los. Aliás, lá fora, conseguimos comprar apenas alguns antitérmicos e poucos analgésicos. Outro grupo de remédio que nunca me falta na mala  é o antialergicos. Somos, eu e Loly, alérgicas a crustáceos, poeira, picada de insetos... E por mais que tomemos cuidado, acidentes acontecem, como por exemplo, quando Loly 'salvou' uma abelha da piscina do Iberostar Praia do Forte e foi picada por esta mesma abelha. Então coloque na mala também repelentes, analgésicos, antitérmicos e antissepticos. Para Loly sempre levo remédios contra enjôo. Isso porque ela enjoa em barcos, trem, ônibus, vans e aviões! Ela já vomitou até descendo do Corcovado!

3) ROUPAS APROPRIADAS: É meio obvio, mas... Roupas de frio para épocas frias. Roupas leves para épocas e locais quentes. Poréééééém... Vale sempre levar um agasalho para locais e épocas quentes e, o contrario também se aplica. Pense no que ocorre em São Paulo? O tempo muda em 24 horas! Acrescentar SEMPRE chapéus ou bonés e protetor solar. Outra dica é levar sempre mudas de roupa a mais, já que crianças que curtem MESMO acabam se sujando mais que a gente. Nas viagens mais longas levo mudas de roupa na bolsa de mão, para dar um 'jeitinho' caso precisemos. Outra sugestão é que você separe as roupas que pretende levar na companhia dos pimpolhos. Já sofri por ter levado roupas que não cabiam mais e também com roupas que eu achava perfeita, mas que ela se sentia desconfortável ao usar. Vamos evitar contrariedades durante as ferias, né? A partir de então escolhemos as roupas juntas e a responsabilidade por elas é nossa!

4) BRINQUEDOS E PASSA-TEMPOS:  O bichinho de pelúcia, as barbies descabeladas, os carrinhos mais queridos certamente vão causar uma sensação de segurança e de bem estar aos seus filhos. Eles serão importantes em viagens de carro, em viagens longas de avião e, principalmente, nos quartos se navios ou hotéis. Além dos brinquedinhos favoritos, em viagens longas é essencial que levemos revistas em quadrinhos, revistinhas para colorir, adesivos, livros e joguinhos. Caso vocês tenham, um smartphone, um joguinho eletrônico ou tablet também será legal. Não ofereça tudo de uma vez... Tenha sempre aquele 'truque na manga' para quando a ansiedade se somar a um vôo muito longo e entediante.

5) POUPANDO PARA A VIAGEM: Desde a primeira grande viagem de Loly (Orlando e Miami aos 6 anos) ela foi incentivada a guardar sua mesada, o troco do seu lanche no seu cofrinho... Tudo isso faz com que as crianças entendam que, para viajar é preciso poupar, é preciso uma certa dose de sacrifício e que sempre vale a pena! Assim, ela se sente útil, se sente ajudando e se sente motivada a aprender a lidar com seu dinheiro. Com o passar dos tempos e das viagens, ela começou a pedir que os avós e tios lhe desse, de presente algum dinheirinho aos invés de brinquedos. E no destino, ela escolhe o que quer comprar: uma monster high super-lançamento ou uma lembrancinhas para seus coleguinhas de escola.

6) ROTEIRO: Acredito que é uma das partes mais importantes. Levo nosso roteiro anotado, impresso e no iPad. Sempre discutimos e montamos nosso roteiro juntos. Loly sempre participa e é ouvida. Quando damos aos nossos filhos essa importância, de ser peça fundamental, de ser ouvido e atendido, ele se sente parte da engrenagem e é mais fácil entender que todos da familia (ou do grupo) têm suas preferências e devem, em algum momento ser atendidos. Por isso, Papai espera enquanto a mamãe e a filha mergulham com os golfinhos. Depois é hora da filha esperar o Papai onde ele prefere e por ai vai.

Espero ter ajudado...

NY para crianças!

Quando nasceu a vontade de esticar uma viagem a Miami e Orlando (leia-se, Disney!) até Nova Iorque, em pleno inverno, o que não faltou foi "pitaco" de um e de outro, nos perguntamos o que faríamos com uma criança em Nova Iorque num frio de rachar.
Aqui eu vou fazer um 'parêntese'. Existem "crianças" e "crianças". Viajamos com outro casal e seus dois filhos e tivemos experiências conflitantes e diferentes devido ao comportamento de Loly e dos filhos do outro casal. Loly tinha 9 anos e a garotinha deles também, enquanto o garoto tinha 10 anos. Portanto as diferenças não se relacionam com a idade, mas com o temperamento e como cada um vê a viagem e tudo que a envolve.
Pegamos temperaturas amenas em Orlando e Miami (variando de 20-16oC). No dia que chegamos a NY era esperado -11oC à noite. Chegamos pela manhã com a temperatura em torno de 4oC, mas uma sensação térmica polar! Como nunca tinhamos estado em um lugar tão frio, esperávamos um céu cinzento e nebuloso. Mas fomos recebidos por um lindo céu azul e ensolarado! Ponto para NY!
Já estávamos devidamente preparados com roupas e casacos, luvas, cachecóis e gorros. Saimos do aeroporto e fomos pegar um táxi bem em frente! A ansiedade para chegar à linda ilha de Manhattan era enorme!
Nosso hotel (DoubleTree Suites by Hilton Hotel New York City - Times Square) foi garimpado e escolhido a dedo. Localização perfeita, bem no centro da Times Square! Na descida, percebemos que era ainda melhor do que estávamos esperando: em frente à escada da TKTS e da loja do MM's.
Fomos fazer o check-in e nos receberam com nossos quartos impecáveis e deliciosos cookies de chocolate, quentinhos! Perfeitos para baianos em processo de congelamento!
Deixamos as malas, reforçamos nossas roupas e fomos nos aventurar por NY. Decidimos andar até o Central Park e no caminho, paramos para um café quente em frente ao Carnegie Hall. Para minha surpresa, Loly "emendou papo" com uma dançarina e me trouxe dicas do que fazer em NY!! kkkkk
Chegamos ao Central Park e nos sentimos num filme. Aliás, essa sensação parece ser eterna enquanto se está em NY.
Depois disso pegamos um ônibus tipo "Apple Tour" que possui inúmeras rotas e nos quais se pode subir e descer quantas vezes quiser, enquanto seu ticket durar. Pode-se comprar para 1, 2 ou 3 dias. Do Central Park fomos em direção ao Empire State e à Fonte Infinita (National September 11 Memorial & Museum | World Trade Center ...).
Vale ressaltar que entre um ponto turístico e outro ou um ponto de ônibus e o ponto turístico, a gente anda e pode ser muito! Enquanto Loly vibrava com o que via, os filhos dos nossos amigos se chateavam com o frio, com os casacos, com o vento, com as paradas... Enfim! Eu e Beto íamos mostrando a Loly cada prédio, cada monumento e, sempre que possível, relacionávamos o local a algum filme que ela tinha visto e gostado!
Um truque que tenho na manga SEMPRE é: guarde uma surpresinha, um local imperdível que os pequenos vão gostar para um momento em que eles estejam chateados ou muito cansados! Isso sempre dá um "up" nas energias! Andamos muito, pegamos frio, estávamos cansados da viagem, mas ainda queríamos descobrir mais coisas na cidade que nunca dorme! A noite chegou e voltamos para a Times Square. Fomos jantar no Hard Rock Café NY, pertinho do nosso Hotel (Hard Rock Cafe NEW YORK). No caminha paramos em frente ao painel da Kodak e fomos fotografados, ou seja, tudo era festa e novidade! No Hard Rock, muita gente e uma fila de espera de cerca de 20 minutos. Os filhos dos nossos amigos sentaram no chão, espernearam e queriam voltar pro Hotel. Loly foi com Beto ver as guitarras, roupas e painéis que falavam se Shakira, Fred Mercury e outras lendas do Rock das quais ela já ouviu falar! Quando terminamos o jantar e o cansaço bateu forte, Beto e nossos companheiros de viagem queriam voltar para o Hotel, mas eu Loly ainda tínhamos bateria sobrando. Fomos então à loja da Disney e depois à loja do M&M (lembram da surpresa?). Tudo de bom! Pijamas, brinquedos, jogos, canecas... Tuuuudo de M&M. Loly pode comprar os docinhos da cor que queria, posou junto a uma M&M vestida de estátua da Liberdade e foi escaneada por uma máquina para saber que tipo de M&M ela seria: uma M&M vermelha de amendoim!! kkkkkkk
Voltamos para o Hotel quase às 2am e fomos olhar NY lá de cima, loucas com aquelas luzes e com todo o movimento. Acordamos Beto para comer M&M com a gente e pensar no dia seguinte.
Acordamos doidos por um café da manhã novaiorquino e partimos à procura. Fácil: baggels com queijo, presunto, suco, ovos... Nos abastecemos para mais passeios: Rockefeller center, Wall Street, Estátua da Liberdade. Aqui vou fazer uma observação. Não fizemos o passeio de barco para a Ellis Islando pois a Estátua estava em manutenção. Olhamos de longe e foi emocionante do mesmo jeito. Sentamos num banco para descansar e Loly queria comer um croissant (sempre tenho belisquetes à mão). Assim que pegamos o lanche, um esquilo se aproximou e subiu no nosso colo. Foi um dos momentos mais legais e inusitados da viagem. Nos rendeu boas gargalhadas e tornou o dia inesquecível. De lá seguimos para o Pier 17, Brooklyn Bridge e voltamos para Times Square. As meninas dormiram um pouco no ônibus. Até Loly chegou ao Hotel querendo dormir, mas eis que surge meu truque da noite: TOY R US (Toysrus.com, The Official Toys"R"Us Site - Toys, Games, & More). A maior loja de brinquedos do mundo!! Corremos para lá (mas antes passei na loja da MAC pois tbm tenho meus desejos!) e andamos na roda gigante que tem DENTRO da loja!! Energias renovadas, compramos souveniers e fomos jantar no Olive Garden (tudo na rua do nosso hotel!).
Depois de uma maravilhosa noite de sono, partimos para o Museu de História Natural. Imperdível, enorme e cansativo. Guarde um dia ou boa parte dele para esse passeio. Eu e Loly fomos as únicas a percorrer ele todo e ver nossos personagens queridos (lembrem o filme Uma Noite no Museu): a estátua da Ilha de Páscoa (Gum-Gum) e a baleia azul! De lá fomos de ônibus ao Harlem e comemos a melhor pizza da nossa vida (naquela viagem! kkkk). À noite voltamos para o Rockefeller Center para ver a fonte de Prometeu e a árvore de Natal, visitamos a loja de Lego em frente e voltamos para o Hotel de... Limousine!! Fomos arrumar as malas pois no dia seguinte tínhamos que voltar para casa.
Moral da história: NY é linda e encantadora para crianças também, fácil de andar, com pessoas educadas e dispostas a ajudar, excelentes restaurantes para todos os gostos e bolsos e... Hoje quando pergunto a Loly se ela prefere a Disney ou NY ela pensa bastante antes de responder... E responde NY!

Viajando com minha filha, SIM!

Olá pessoal,

Faz tempo que tenho uma vontade danada de começar um blog com as nossas experiências, para que possamos ajudar outras mamães, outros papais e, claro, outros filhos a viajarem juntos. Toda vez que estamos programando uma viagem ouço de alguém o comentário cheio de surpresa: "Mas vocês vão levar a Loly?". E nossa resposta é sempre: "Claro! E por que não levaríamos?".
Então vamos lá... Sou Line, casada com Beto e mãe de Loly. Vou começar a contar nossas viagens a partir de 3 anos de idade da nossa Loly, pois antes disso são bebês e que se lembram quase nada dos programas. Quero contar com os relatos dela!
Viajamos a Feira de Santana (110km), Conde (156km) e Aracaju (297km) de carro. Por maior que as distâncias possam parecer, eram viagens curtas, para a casa de parentes ou amigos e dentro da nossa faixa de conforto. Aos pouquinhos fomos alçando vôos mais longos e hoje conhecemos (conhecemos,  mesmo!) centenas de cidades espalhadas por nosso pais e pelo mundo. Sempre com nossa filha! No valor escaldante ou no frio extremos, sempre estamos juntos!
Por conta disso, vamos dar algumas dicas sobre o que levar na viagem para que ela se torne mais agradável aos pequenos, o que não pode faltar de jeito nenhum e como tornar uma viagem monótona bem interessante!
Porém, as dúvidas que chegam constantemente a nós, dizem respeito às viagens mais longas, internacionais e para locais que, aparentemente, só interessam a adultos.
Loly tem o passaporte carimbado nos EUA, Portugal, Espanha, Argentina, Uruguai, França, Chile, Inglaterra e estamos sempre nos preparando para o próximo destino!
Vamos começar então com o que interessa... Primeira postagem: NY para crianças!